Uma baleia era encontrada em Barcarena

Cultura

No dia 2 de agosto de 1974, um filho de imigrantes italianos, chamado Genaro Apollaro, embarcou numa canoa a remo para cuidar de um forno de fabricação de carvão. Enquanto seguia, avistou um esguicho de água saindo do rio.

Desconfiou que fosse um boto, mas pelo tamanho seria outro animal marinho. Genaro retornou pra casa e contou sobre o que viu aos vizinhos. Na tarde do mesmo dia, os pescadores travaram uma batalha contra a baleia.

Mesmo ferido, o mamífero foi conduzido para o porto da residência de Genaro, amarrada pela cabeça e a cauda. Depois de morta e discussão entre os pescadores, Genaro resolveu levá-la para Barcarena, já no dia 03, segundo o historiador Luiz Guimarães.

Enquanto a caçada e a morte da baleia ocorriam no Arrozal, na sede do município já corria a notícia. Em pouco tempo, em Belém, os jornais já comentavam o acontecimento. No sábado, dia 3 de agosto, estavam todos ali para ver a primeira e única baleia que foi encontrada naqueles rios de água doce.

Moradores estavam ali, às margens do rio Mucuruçá, para ver a baleia. Para noticiar os fatos, a imprensa estavam em peso com radialistas e jornalistas da capital paraense, quando todos souberam de fato da informação, no dia 04, quando saiu no jornal.

Depois que a baleia chegou ao porto da cidade, foi arrastada para a rua fronteira à praça principal. Ali, foi retalhada e distribuída para a população.

O grande Genaro que avistou a baleia, faleceu em 23 de agosto de 2017.

Fonte: Livro Barcarena, cidade da gente – estudos regionais fundamental I

Fotos: arquivo Luiz Guimarães, família Apollaro, Jornal “A província do Pará”.

Fonte Jornal Barcarena

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *